segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

6 - Desejos incontroláveis



Luan tinha razão, eu não iria conseguir passar o jantar sem pensar nele, sem pensar no beijo dele e o quanto eu queria de novo. Mas não poderia admitir isso. Luan não poderia me beijar novamente, e eu não poderia gostar disso novamente.




- Você está bem? - Gabriel perguntou me analisando. Estávamos terminando a sobremesa e, eu tinha falado pouco, ele é que sempre fazia assunto.

- Mais ou menos, apenas um pouco cansada. - menti bebendo um pouco de vinho.

- Eu estou sendo chato e te deixando cansada?

- Não- ri fraco - Você tem sido incrível, eu é que não estou muito no clima.

- Que pena, pensei que a gente pudesse ir àquele bar que queria te levar ontem.




Gabriel merecia essa chance, merecia me levar nesse bar, dançar comigo e, quem sabe, me beijar. Mas eu não conseguia afastar a imagem de Luan me beijando, os lábios dele colados nos meus. Eu precisava acabar com isso e nada melhor do que falar com ele e deixar claro que não haveria nada mais entre a gente a não ser assuntos profissionais e uma amizade.




- Você quer ir embora? - Gabriel indagou preocupado.

- Se você não se importar.

- Lógico que não, na próxima a gente aproveita mais. - sorriu tranquilo e não fiquei me sentindo tão culpada por estar terminando o nosso encontro mais cedo do que ambos imaginávamos.





Cheguei no hotel e assim que o elevador parou no meu andar, tirei os sapatos e caminhei descalça. Tive vontade de esclarecer as coisas com Luan agora, mas a raiva que sentia dele era tanta que tudo que fiz foi dar um murro na porta do seu quarto seguindo para o meu em seguida. Ele sabia que tinha sido eu, e eu sabia que ele viria atrás de mim.

Estava tirando a minha blusa quando bateram na porta.




- Já vai. - gritei e troquei rapidamente de roupa. Quando abri, Luan estava me olhando convencido com o sorriso cínico de mais cedo.




Entrou no quarto e fechou a porta enquanto me queimava com o seu olhar.




- Você voltou bravinha? Adoro. - riu e revirei os olhos me sentando na cama.

- Pode parar com isso, Luan. Por que você me beijou? Tem noção do erro que isso foi?

- Você está toda irritadinha porque sabe que não foi um erro, mas você queria que fosse. - rebateu e me levantei ficando na sua frente.

- Eu não quero nada do que você pensa que eu quero.-  cuspi - Para com essas insinuações, Luan. Isso vai acabar com a nossa relação de trabalho, você não pensa nisso?

- Eu não estou te pedindo em namoro ou em casamento, pois não?

- O que você quer então? Porque eu não quero ser só mais uma. Não vou entrar na sua listinha de contatinhos. - disse com desdém mostrando que se ele quisesse isso eu estava de fora.

- Por que não te dou uma amostra primeiro e depois você pensa nisso e nas consequências? - pegou na minha cintura e suspirei.

- Isso não vai dar certo. - falei.

- Então deixa ser errado, mas um errado do nosso jeito.

- Que jeito? - ousei perguntar e Luan sorriu aproximando o seu rosto do meu.




Em segundos ele estava me beijando e segurando na minha perna para me colocar em seu colo. Ofeguei com tanto fogo que ele tinha e segurei bem forte a sua nuca e ombro. Luan me deitou na cama e subiu para cima de mim tecendo beijos ao longo do meu pescoço e colo.

Tirei a sua camiseta e sorri pensando que agora eu poderia abusar do seu peitoral e não apenas vê-lo andando pela casa.




- Você quer isto, certo? - perguntou me encarando.

- Eu acho que sim. - respondi passando as unhas na sua tatuagem do ombro.

- Claro que você quer. - riu convencido e beijou o meu pescoço - Ele te beijou? - perguntou me fazendo piscar atordoada, de quem ele estava fal... ah o Gabriel.

- Não.

- Você gostou mesmo do meu beijo, hein?

- O que você quer de mim, Luan?

- O mesmo que você quer de mim, Alexa, apenas prazer.

- Apenas isso? - questionei em dúvida sentindo os seus beijos na minha clavícula.

- Você quer algo mais? - levantou a cabeça para me encarar.

- Só não quero ser jogada fora depois. - confessei e ele sorriu de canto.

- A gente vive na mesma casa, trabalha junto e, você ainda acha que eu vou te descartar depois? Posso ter você quando quiser. - riu apertando a minha cintura.

- Sai de cima de mim. - pedi séria, Luan estava me tratando como um objeto que estaria à sua mercê quando ele quisesse.

- Quê?

- Sai de cima de mim, sai do meu quarto, agora. - falei mais alto e ele me olhou confuso se deitando ao meu lado - Eu disse para sair.

- Porquê? - dobrou o braço e apoiou a cabeça na mão.

- Você prestou atenção nas palavras que falou? Eu não vou ser alguém a quem você recorre sempre que quiser. - me exaltei e me sentei na cama.





Luan não disse nada, apenas ficou me olhando por longos minutos.




- Melhor você sair.

- Eu não quis dizer que te vou usar quando eu quiser, isto é uma troca. - acenou com as mãos para mim e para ele - Se você me quiser eu também estarei à sua mercê, não estou fazendo de você um objeto, se assim for, então também serei o seu. - se sentou ao meu lado e me encarou. - A gente já se beijou, o que fizermos a mais não irá mudar nada, já é tarde para voltar atrás.

- Um beijo é diferente de fazer sexo, Luan. - suspirei - Lógico que dá para voltar atrás, ainda. - relutei e ele se aproximou um pouco.

- E você quer? - perguntou me olhando como se a resposta estivesse no meu olhar.

- Você promete que eu não vou sair daqui prejudicada?

- Prometo. - garantiu - Você vai ver como é bom...

- Convencido. - ri fraco - Eu não quero. - disse mais séria - Eu não quero voltar atrás, agora.




Luan riu e me deitou de novo. Se colocou em cima de mim e me beijou enquanto tirava blusinha do meu pijama. Abracei-o para sentir o calor do seu corpo junto ao meu e beijei o seu ombro e peitoral. Luan desceu os seus beijos do meu pescoço para os meus seios e emaranhei os meus dedos nos seus cabelos. Ofeguei com a sua língua me torturando e ele riu repetindo a ação. O short do meu pijama foi tirado com calma enquanto Luan me observava de cima, ele passou os olhos por cada canto do meu corpo e me senti intimidada.




- Eu sabia que você era ainda mais linda. - confessou e me impediu de falar com um beijo molhado e intenso.




Os seus dedos passavam em cima da única peça que eu vestia e, um calor se apoderou de mim, quando Luan adentrou a minha calcinha com dois dedos me tocando diretamente. Revirei os olhos quando senti os seus dedos estocarem dentro de mim e gemi em aprovação.

Foram longos minutos torturantes até Luan me deixar atingir o clímax. Estava ofegante e, ainda, insatisfeita. Luan tirou a sua calça e notei o volume na sua cueca que logo pressionou na minha intimidade.




- Eu ainda te quero provar, mas agora só quero sentir você me apertar enquanto eu entro e saio de você. - me sussurrou e me arrepiei com cada palavra. - Me diz o quanto você me deseja, agora.

- Acho que os seus dedos encharcados há pouco foram prova suficiente do quanto estou te desejando. - rebati.

- Foram, pode apostar que foram. Mas como você me quer sentir? - perguntou olhando para o meu rosto enquanto mordia o lábio inferior. Alguns cabelos caiam na sua testa e aquela imagem era uma completa obra de arte. - Como...

- Eu percebi. - interrompi me recuperando um pouco, Luan queria saber em que posição eu o queria sentir, mas eu deixaria que fosse ele a escolher. - Você disse que tinha pensamentos impuros comigo, faça como você imaginava. - Luan abriu um sorriso misterioso e se elevou um pouco.

- Se coloca de joelhos e levanta essa bunda para mim. - mandou.




Meio relutante fiz o que ele pediu e me coloquei de quatro. Luan passou a sua mão nas minhas coxas e abriu-as um pouco se posicionando atrás de mim.




- Olha para mim. - ordenou e olhei para trás. Luan pegou em meu cabelo e sorriu malicioso - Esse cabelo cor de fogo me deixa louco, você não imagina o quanto eu pensei em te foder enquanto o segurava bem forte.

- Do que você está à espera? - provoquei anestesiada pela vontade de o ter dentro de mim.

- Que você esteja preparada.

- Eu estou, você pode ver. - provoquei de novo e ele riu.

- Não, você não está. - disse convicto - Eu não vou parar Alexa, então é bom que você esteja ciente e muito bem preparada para isso.

- Qual a sua ideia? - questionei curiosa e ele estreitou o olhar para mim enquanto segurava o meu cabelo na sua mão.





Luan riu baixinho e levou a mão livre até ao meu seio o apertando. Senti a ponta do seu membro pincelar a minha entrada e fechei os olhos com a sensação, ele sabia o que estava fazendo. Sem esperar ele entrou em mim e segurou forte a minha cintura me mantendo no lugar. Senti um puxão no meu cabelo e percebi que tinha desviado o olhar dele.

Quando o encarei de novo, Luan me olhava esfomeado, como se estivesse esperando há horas para devorar a sua comida preferida. Ele começou lentamente me fazendo acostumar com ele e, depois, aumentou o ritmo me fazendo sentir o meu corpo tremer.

Acabei caída sobre a cama sem sentir as minhas pernas. O meu coração quase pulava para fora. Luan se deitou ao meu lado no mesmo estado. Acho que ambos queríamos tanto isto que quase nos matámos de tanto querer sentir um ao outro.




- Dorme, daqui a nada viajámos. - me alertou enquanto me cobria com o lençol.

- Você vai embora? - questionei o encarando.

- Não, vou ficar, estou cansadão. - rimos e ele se virou fechando os olhos.




Não sei se realmente foi certo o que fizemos, mas confesso que adorei e, se Luan concordou em ser meu objeto se eu fosse o dele, por mim estava tudo bem. Só não queria que ele se esquecesse da promessa que me fez e não me jogasse fora como se eu fosse apenas mais uma. Eu não queria ser mais uma, ou então Luan iria se arrepender de ter mexido comigo.




***



Os dias se passaram rápido e quando menos nos apercebemos já estávamos em casa de novo, com cerca de três dias para descansar antes de começarmos um longo fim de semana de shows. 

Na manhã seguinte à noite que passei com Luan, não voltámos a conversar sobre isso. Mas às vezes, quando estávamos voltando para o hotel, Luan deitava a sua cabeça no meu ombro enquanto passava a mão na minha perna e beijava o meu pescoço. Nenhum dos dois procurou o outro para transar novamente, mas não vou mentir que não estou com vontade. Luan continuava tendo as suas amiguinhas e isso suprimia a vontade dele, então ele não precisava de mim e eu não queria parecer desesperada. 

Acordei ao meio da manhã com uma ligação. Era Rober. Pensei que fosse o Noah, mas ele nunca mais me disse nada, o que só me preocupava a cada dia. 




- Alô? - atendi sonolenta.

- Desculpa se te acordei, eu liguei para o Luan e ele não me atende.

- Aconteceu alguma coisa?

- Ele tem uma reunião aqui no escritório para decidir algumas promoções de fãs e isso.

- Eu vou avisá-lo. - informei - A que horas ele precisa estar aí? 

- Depois do almoço, mas se ele não acordar agora vai atrasar, você já sabe como ele é. - ironizou e ri assentindo.




Assim que desliguei a chamada me levantei. Abri a janela e levei com o sol na cara me despertando de vez. Vestia apenas um vestidinho de dormir e não me importei de vestir outra coisa, Luan já viu o que tem aqui, não precisava me cobrir. 

Bati na porta do seu quarto e ele abriu apenas com a cueca vestida. 








- Hum... desculpa. - pedi e ele me olhou curioso. 

- Eu estou acompanhado. - avisou em tom baixo.

- Eu não sabia, não escutei nada. - ele levantou a sobrancelha e quase que esquecia porque fui bater na sua porta. - O Rober ligou.

- O que ele queria?

- Você tem uma reunião sobre promoções de fãs no escritório, depois do almoço. 

- Ok, espera um pouco. - pediu e se virou - Vai embora Tati, depois a gente se encontra. 




Estranhei Luan estar mandando a sua amiga embora, ao que parece ele nem começou o serviço. Espero que não tenha interrompido nada. A moça saiu e me lançou um pequeno sorriso gentil. 

Luan me olhou sorrindo daquele jeito. Aquele jeito cafajeste que queria alguma coisa. 




- Entra. - ordenou.

- Como? - questionei confusa.

- Entra aqui, quero conversar uma coisa com você. - me deu espaço e entrei no seu quarto. 




Era enorme e tinha uma decoração com vários objetos dos aos 60, sem dúvida que era a cara dele. 

Senti o seu corpo atrás do meu e temi me virar, mas Luan pegou no meu braço e me virou para ele. 




- Você disse uma coisa que me deixou pensativo. 

- O qu-quê?

- Você disse que não escutou nada, normalmente você escuta? 



Engoli em seco não sabendo como sair desta. Luan me olhava esperando uma resposta. 



- Ás vezes só ouço a porta bater e saltos altos passando no corredor, só isso. - menti.

- Sabe que eu não acredito nisso? Eu acho que você escuta bem mais do que isso e... - sorriu de canto - Eu acho que você gosta disso. - se aproximou mais - Você gostaria que os outros te ouvissem transando, Alexa? 

- Luan, o que você está dizendo? - tentei parecer incrédula mas soou mais como um gemido. 

- Me responde. - falou com autoridade ainda apertando o meu braço, eu tinha um pouco de medo quando Luan era mais duro e antipático. 

- Não, eu não gostaria. - respondi tentando sair dali, mas parece que isso era o que Luan queria ouvir.

- Então, eu vou te mostrar que você gosta sim. - me empurrou e caí com tudo na cama. 

- Não está ninguém em casa. - respondi com sarcasmo e Luan riu pegando no celular.

- A reunião acabou de ser marcada para daqui a uma hora aqui em casa, o Rober tem as chaves. E eu vou te ter na minha cama do jeito que eu quiser até eles chegarem e escutarem os seus gritos e gemidos de prazer. 




Arregalei o olhar assustada e senti como se aquela cama me colasse a ela, me impedindo de sair. Ou eu é que não queria sair. 






Desculpem o atraso e os erros que possa ter. Eu não queria começar já a falhar com vocês, combinei que haveria capítulo dia sim, dia não e não tenho cumprido isso. Desculpem mesmo, mas não estou com muita cabeça e inspiração para escrever. Mas vou tentar publicar nos dias certos, caso não publique vocês fiquem sabendo que não demorarei, não gosto de sabes que estou a falhar com vocês e que vos estou deixando na mão. Sendo assim e, se tudo correr bem, até quarta. Não esqueçam de comentar. Um beijo <3

2 comentários:

  1. Que fogo do Luan hein? Que homem Jesus! 😂😂 . Continua!

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  2. Meu Deus Luan não tem controle, quero ver qual vai ser a reação dos outros ao ouvir os dois transando. Continua.

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